quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Pi Nininho: ARENA Cia. de Artes apresenta KUNSTLIEDER
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
PRELÚDIO
Este blog nasceu a apartir das minhas inquietações frente às dificuldades de atuação profissional no mercado por boa parte dos cantores líricos brasileiros.Então, diante de alguns nomes que deram significados a esses profissionais, posso dizer que enquanto cantora lírica, cantora erudita,sendo estas palavras sinônimas dadas ao “músico cantor”, intérprete (performer) da arte vocal erudita, julgo importante abrir um amplo debate em espaço aberto e democrático para a análise e discussões relevantes de como a música lírica tem lutado (ou não?!) dentro dos campos políticos e sociais; que forma isso se refletiu na política cultural do Ministério da Cultura MinC no que tange à política para setor de música e onde música erudita vocal encaixa nas demandas culturais.
ABSTRACT
Resumo: MONOGRAFIA
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Canto lírico e as políticas públicas para a cultura : um problema a ser discutido
Música, cultura e sociedade sempre mantiveram relações estreitas nos seus laços, observado e evidenciado pelos estudos etnomusicológicos, sociológicos, antropológicos bem como de outros diversos campos do conhecimento com vistas à compreensão da complexa interação e organização entre esses três sistemas de expressão do ser humano. É na formação de grupos que o indivíduo desenvolve a capacidade de criar e compartilhar conceitos, formular juízos, comportamentos e produtos em um ambiente específico. Logo, uma ampla utilização da música e, mais especificamente da música vocal, nos mais diversos contextos das sociedades, aponta a música enquanto fenômeno que determina e é determinado pela cultura, o qual (esse fenômeno) está inserido nos diversos campos de ocupação e fixação do indivíduo em seu convívio social.
A contextualização da música lírica enquanto música e de caráter vocal, remete ao entendimento dessa expressão como portadora de valores, símbolos e significados que: enquanto música, responde às características sonoras de altura, ritmo, intervalo, timbre, volume, dentre outros e enquanto lírica guarda a idéia de poesia, de literatura, assim, ao conceito de palavra trazendo consigo o sentido de ‘significantes’ e ‘significados’ tratados pela ‘Teoria da Linguagem’.Logo, essas referências tem, apenas, o intuito de situar a música lírica dentro de parâmetros simbólicos, fundamentais para o entendimento da sua dinâmica dentro de aspectos que lhes confere a qualidade de manifestação cultural e social.
A exploração da música lírica diante de uma dimensão performática, como expressão cultural diversificada e interrelacionada às particularidades do amplo e heterogêneo fazer artístico. Propicia-se, assim, refletir a cerca das perspectivas de maior relevo dentro da concepção e elaboração dos procedimentos a serem adotados na implementação de políticas e, que levem à ações abrangentes e contextualizadas em sintonia com a heterogeneidade e complexidade do fenômeno musical brasileiro.
Durante o período de levantamento de dados da minha pesquisa a cerca das políticas públicas de cultura entre os governos de Fernando Henrique e de Lula, detectei uma grande carência de estudos, pesquisas, trabalhos e literaturas que tratassem da questão da música erudita vocal (canto lírico) e sua relação com as instâncias decisórias, a economia da cultura no que toca ao incentivo, ao fomento, à distribuição, à circulação e à difusão setorial. Essa carência, também, se revelou nas relações participativas de entidades de profissionais do canto lírico nas políticas nas três esferas governamentais: Municipal, Estadual e Federal. Assim, o estudo apontou para um distanciamento da participação de profissionais em setores que não tem como objetivo a atuação da performance artística e da discussão estética.